Rei, rei, rei. Reinaldo é nosso Rei!


Como se não bastasse o título de maior artilheiro da história do clube, Reinaldo, detém também a posição de maior astro da história do estádio Mineirão, marcando por 153 oportunidades.

Lançado ao time profissional aos 16 anos, após marcar 53 gols nas categorias de base, o jogador assinalou mais 255 vezes com a camisa principal do clube.

No Campeonato Brasileiro de 1977 o jogador foi o artilheiro com 28 gols, média incrível de 1,47 por jogo.

A habilidade e o faro de gol fizeram com que o jogador fosse perseguido em campo pelos zagueiros adversários.

Aos 19 anos o atacante já havia operado o joelho por cinco vezes.

Em dez anos defendendo o Galo, Reinaldo conquistou oito vezes o Campeonato Mineiro.

REINALDO

Reinaldo, o José Reinaldo de Lima, 44 anos, o maior artilheiro da história do Atlético Mineiro (fez 288 gols com a camisa do Galo) trabalha como colunista do jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, e fundou o Belo Horizonte Futebol Cultura, em parceria com uma universidade da capital mineira.
Reinaldo encerrou a carreira, aos 28 anos, após sofrer cinco cirurgias no joelho. O centroavante também atuou no Palmeiras, Cruzeiro e na Holanda, em clubes de pouca expressão, porém não conseguiu repetir o sucesso que obteve no Galo.
Reinaldo também teve momentos difíceis quando entrou em depressão e se envolveu com drogas, mas, felizmente, conseguiu dar a volta por cima.

Confira abaixo tudo sobre Reinaldo:

Títulos:

Campeão Mineiro (1976, 78,79, 80, 81, 82, 83 e 85)

Outros clubes:Palmeiras, Rio Negro-AM, Cruzeiro, Telstar (Holanda)

Jogos e gols pela Seleção: 14 gols em 37 jogos (foi reserva de Roberto Dinamite na Copa da Argentina de 1978)

Recorde:Marcou 28 gols no Brasileirão de 1977, recorde quebrado somente em 97 por Edmundo

Local e data de nascimento: Nasceu em Ponte Nova (MG), em 11 de Janeiro de 1957 Peso e Altura: 1,72m e 71 Kg

Técnicos que dirigiram Reinaldo:

Antonio Lacerda, Barbatana, Carlos Alberto Silva, Mussula, Paulinho de Almeida, Paulo Benigno, Pepe, Procópio Cardoso, Rubens Minelli, Sinval Martins, Telê Santana, Vicente Lage

Jogos pelo Galo: 478

Expulsões: 17

Estréia e aposentadoria no Galo: 28/01/1973 - 11/08/1985

Anos em que defendeu o Atlético-MG: 1975-1985

Carreira política: Eleito Deputado Estadual em 1990

Frase que mais ouviu: "Rei, rei, rei, Reinaldo é o nosso Rei!", uma reverência da torcida do Galo.

Em 2005, o ex-deputado Reinaldo tornou-se vereador em Belo Horizonte, mas seu grande projeto de vida é tornar-se presidente do Clube Atlético Mineiro, sua paixão.

Ele jamais irá se conformar com o lamentável rebaixamento do Galo para a segunda divisão ocorrido no Brasileirão de 2005.

Revista Placar

Atlético 2 x Cruzeiro 0

Reinaldo foi caçado pelos zagueiros do Cruzeiro.

Naquele dia a cidade amanheceu respirando o clássico. Os dois tradicionais clubes mineiros estavam prontos para decidir o campeonato de 1976. Uma situação que deixava um jovem de 19 anos nervoso. Os atleticanos haviam perdido as decisões de 1974 e 1975. Agora, Reinaldo queria ser campeão e vencer o Cruzeiro, campeão da Taça Libertadora e um time cheio de feras, com Raul. Nelinho. Piazza. Joãozinho e Zé Carlos. O Atlético tinha uma equipe mesclada. Jovens como Reinaldo. Toninho Cerezo. Paulo Idisoro e Marcelo, junto com a experiência de Vantuir, Dionisio, Gertulio e o polêmico goleiro argentino Ortiz. A fase era melhor para o Atlético que já tinha vencido o Cruzeiro no campeonato. Na véspera do jogo, Reinaldo vivia junto com os companheiros um clima de expectativa e muita ansiedade na concentração. A torcida do galo ocupava 70% do mineirão e parecia até que previa o resultado. Quando Reinaldo deu a saída do jogo, o seu mundo passou a ser as dimensões do mineirão. Os primeiros minutos foram de equilibrado e no jogo de lá e cá, os atleticanos demonstravam mais tranqüilidade com um bom ritmo de jogo, passes rápidos, levando sempre o perigo para a meta de Raul. Reinaldo era caçado pelos zagueiros do Cruzeiro Moraes e Darci. As jogadas de atacante do Atlético era quase sempre interrompidas pela violência dos cruzeirenses. E Reinaldo começou a usar uma jogada que desnorteou a zaga adversária. Quando a bola ia chegando para o “Rei”, ele abria as pernas, deixava a bola passar, virava o corpo e pegava nas costas do marcador. Era o artificio do drible em cima de zagueiro sem muito recurso. Aos 33 minutos veio a primeira explosão do mineirão. O contra-ataque veloz deu resultado. Após uma bobeira do meio campo do Cruzeiro, a bola sobrou para Reinaldo que deu um drible de corpo em Darci e partiu para a área adversária. Ainda fez uma tabelinha com Paulo Isidoro e ficou de frente com Raul. Bastou um toque por cobertura para a bola cair nas redes cruzeirenses. Reinaldo fazia o primeiro gol do clássico e saia vibrando com seu tradicional gesto de comemoração, em pé, braço erguido, punho cerrado. No segundo tempo, o domínio do Atlético continuou. Dava tudo certo para o lado de Reinaldo. E aos 21 minutos, acabaram-se as esperanças do Cruzeiro. Paulo Isidoro cruzou da direita para o centro da área na direção de Reinaldo que abriu as pernas enganando toda defesa do Cruzeiro. A bola sobrou limpinha para Marcelo que tocou no canto e colocou as faixas nos jogadores alvi negros. Os últimos cinco minutos foram emocionantes. A torcida gritava “é campeão”, “é campeão”, embora o jogo continuasse. Quando tudo terminou, Reinaldo estava atônito. Era seu primeiro titulo como profissional e a volta olímpica foi demais com um jovem craque que surgia para o Brasil. Era uma emoção forte demais misturada com suor, lágrimas e gritos de campeão. O Atlético voltava a ser campeão mineiro e, para Reinaldo, esse jogo foi inesquecível.
Decisão do campeonato mineiro de 1976.
Mineirão – Atlético 2 x Cruzeiro 0.
Gols de Reinaldo e Marcelo.
Juiz: Dulcidio Wanderley Boschilia.
Expulsos: Darci do Cruzeiro.
Atlético: Ortiz. Getulio. Modesto. Vantuir e Dionisio. Toninho Cerezo. Danival (Heleno) e Paulo Isidoro. Marinho. Reinaldo e Marcelo.Técnico: Barbatana.
Cruzeiro: Raul. Nelinho. Moraes. Darci e Vanderley. Wilson Piaza (Osires). Zé Carlos e Eduardo. Ronaldo (Roberto Carlos). Valdo e Joãozinho.Técnico: Zézé Moreira.

Reinaldo, o artilheiro dos 100 anos

Foto: Central Multimídia
Da Assessoria de Imprensa - Site do Galo

Rei, Rei, Rei, Reinaldo é nosso Rei!

Nos 100 anos de história do Clube Atlético Mineiro, ninguém balançou as redes tanto quanto Reinaldo, que defendeu o Clube no final da década de 70 e início da década de 80.
Ser o maior artilheiro do Galo em todos os tempos, com 255 gols, é motivo de orgulho para o ex-atacante, que fala sobre sua trajetória com a camisa alvinegra.

Sentimento de ser o maior artilheiro da história do Atlético -

”É uma grande honra fazer parte da história de um clube que vai completar 100 anos, um clube que construiu uma história bonita de vitórias e glórias e que se impôs como um dos maiores clubes do mundo. É uma honra muito grande a gente ser parte desta história e eu, muito mais, por ser o maior artilheiro de um clube centenário que é o nosso orgulho e nossa imortal paixão. São 255 gols no profissional e deve ter mais uns 100 aí nas categorias de base. Para mim, essa é uma honra muito grande, ser o maior artilheiro de um clube da grandeza do Atlético e de ter, sobretudo, com os gols e as jogadas, dado alegria à imensa torcida alvinegra. Então, fico muito orgulhoso disso e muito honrado de ter atingido esse status”.

O manto alvinegro -

“A camisa do Atlético é o nosso grande pavilhão e você jogar no time do seu coração é muito importante. Defendendo o Atlético, cheguei à Seleção Brasileira. Desde a primeira vez que vesti a camisa do Galo, senti que é uma camisa que realmente te potencializa. O atleta, quando veste a camisa do Atlético, sem dúvida que ganha mais força”.

A Massa -

“O Atlético é uma paixão. Nós somos apaixonados por tudo do Clube. A torcida do Atlético é uma torcida apaixonada, exigente, que apóia não só nas vitórias como nos momentos difíceis. Ela está sempre do lado do time. Nos últimos anos, vem passando por um momento difícil, mas, com certeza, daqui a pouco vai ter grandes alegrias. Que a torcida continue apoiando o Galo, acreditando. No futebol, o time passa fases difíceis, mas sabemos que nosso Atlético é grande e realmente tem condição de conquistar grandes títulos”.

Comemoração dos gols -

“Era um gesto revolucionário que a gente fazia na época porque o país vivia num regime de ditadura militar, então, como a gente não tinha liberdade de expressão, a gente tinha que procurar através dos símbolos e dos gestos driblar a censura. Para comemorar os gols, eu fazia esse gesto, que era um gesto socialista. Também deram a conotação de pantera negra, por causa do racismo, mas o importante é que era um gesto forte, revolucionário”.

Jogos memoráveis -

“Gosto muito da partidas da final do Campeonato Mineiro de 1976, quando o Galo quebrou uma hegemonia do rival Cruzeiro. Eles tinham uma grande equipe e nosso time era um time de garotos. Na final, ganhamos deles com uma grande superioridade e, depois, ficamos quase uma década ganhando. Fiz gols nos dois jogos da decisão, foram dois dos melhores jogos que fiz pelo Atlético, além de jogadas espetaculares. Foi uma das festas mais bonitas que vi na arquibancada do Mineirão”.

Gols inesquecíveis -

“Os gols que gosto também são contra o Cruzeiro, porque é o nosso grande adversário. Sempre que ia ter um clássico eu me dedicava e voltava meu pensamento todo para fazer gol e conquistar a vitória. Por isso, fomos muito felizes contra esse adversário. Então, os gols dos clássicos são os que guardo na memória, especialmente o último gol que fiz no Cruzeiro, em 1985, quando driblei toda a defesa e fiz gol”.

Lance histórico -

“Foi um jogo contra o Flamengo, no Mineirão, pela Taça Libertadores da América. Peguei a bola na linha de fundo, o Júnior veio para me dar um carrinho e eu levantei a bola para dar o chapéu, quando ele virou para me dar uma rasteira, dei um outro chapéu para o outro lado, tirando-o completamente da jogada”.

Jogos no exterior -

Na minha época, era mais o Campeonato Mineiro, que era muito longo, e o Brasileiro. Tinha, também, muitas excursões na Europa. Participamos de vários torneios e o Atlético, em todos que participou pelo mundo, sempre representou muito bem o país, conquistando diversos títulos como, por exemplo, nos torneios de Paris, na França, e Amsterdã, na Holanda.

Curiosidade -

"Hoje, a gente vê a seleção de Camarões apontada como favorita em algumas competições, é uma seleção de respeito no futebol mundial. O Atlético tem uma grande participação nisso porque, em meados da década de 70, fomos disputar amistosos na republica dos camarões, jogando no interior. Na época, o futebol lá não chegava nem a ser amador, era tribal. Mesmo assim, o Atlético jogou e, com certeza, dali eles tiraram ensinamentos do time, dos jogadores. Depois, veio aquele grande time dos Camarões com Roger Milla. Então, acho que o Atlético teve grande contribuição com o desenvolvimento do futebol camaronês”.
Nenhuma postagem.
Nenhuma postagem.